Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull

Tenho 15 minutos para escrever um review, aliás tenho mais, mas decidi que não ia perder uma hora a escrever sobre um filme que não foi tão bom quanto isso. Falo-vos de Indiana Jones. O próprio Jorge Lucas já veio dizer que não havia necessidade nenhum deste filme, e é bem verdade. Os críticos vieram dizer que o filme é irreal e imprudente. A verdade é que qualquer filme da saga Indy se encaixa nesta nomenclatura, mas nem por isso deixamos de lhe achar uma piada tremenda, e nem por isso deixam de ser dos melhores filmes de acção e treasure hunting que já chegou às salas de cinema. Como Nuno Markl fez notar, e muito bem, toda a saga tem como base a adolescência dos criadores. Tanto Spielberg como Lucas cresceram num imaginário de séries televisivas dos anos 60, com extraterrestres e caças ao tesouro (ET, Goonies e Star Wars não são a prova disso mesmo?). Compreendo e aceito Indiana Jones desta forma. O que complica a situação é quando o filme transita do aceitável para a nova expressão (criada por causa do filme) nuke the fridge. Foi precisamente ali que eu, e muitos outros espectadores que partilham a minha opinião, perdemos a esperança, foi a linha ténue que separava o imaginário do puramente estúpido. Ninguém, e o filme quase que devia ser seguido de um “não tentem fazer isto em casa”, sobrevive a uma explosão atómica dentro de um frigorífico de chumbo, muito menos quando este é projectado pelos ares! Nem sequer comecem com a cena de Jorge of the Jungle protagonizado por Mutt, ou da situação das formigas devoradoras de homens! Mas adiante.

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Gostei particularmente a relação entre Indy (um Harrison Ford mais envelhecido, mas não menos ágil) e Mutt. Acho que os dois actores conseguiram criar uma empatia ao estilo dos outros 3 filmes precedentes (quando Indy se relacionava com uma ou outra personagem). A nível de argumento, para além de um ou outro apontamento, creio que foi bastante conciso, no fundo não surpreendeu, mas também não desiludiu. Nota-se que tem vindo a ser estruturado há muito tempo, e que houve vontade de fazer demasiado com pouco. A personagem de Indy continuou dentro das linhas que já conhecemos. A apresentação de Mutt, a personagem interpretada por Shia LaBeouf, quase que deixa vontade de uma pequena saga só para ele. Escusado será dizer que Cate Blanchett consegue ser fantástica em qualquer papel! Faltam 5min. All in all, gostei do filme. Atrevo-me a confessar que o fui ver duas vezes. O que foi positivo, porque me permitiu fechar os olhos nas partes que não gostei da primeira vez!

.: 3,5/5 :.