O que dizer de um filme documentário mas de que documentário não tem rigorosamente nada?
Pronto, também não sejamos tão severos, o filme tem uma componente educacional que lhe fica bastante bem. Passo a explicar:
Aaron Eckhart é Nick Naylor, um mestre do lobby do tabaco. Ele, como se costuma dizer "sabe-a toda". E isto porquê? Porque de uma forma indirecta consegue convencer as pessoas de que o tabaco não é mau! Que não é o bicho papão que todos julgam. E faz isto como? Com o poder da argumentação. Sendo ele pai divorciado que fica com o filho aos fins de semana, luta constantemente contra cidadãos que estão a morrer de cancro, contra os lobby’s que são contra o tabaco, e depois contra si mesmo na constante decisão entre o bem e o mal, vê a sua vida a perder significado quando uma jornalista Heather Holloway (Katie Holmes)expõe a sua vida na página principal do jornal. Será que valerá a pena ser execrado? Contudo ainda tem o seu tempo para partilhar as suas concepções com os amigos que fazem lobby's para o álcool – Polly Bailey, interpretada por Maria Bello – e para as armas – Bobby Jay Bliss, caracterizado por David Koechner.
Isto foi a história, agora o resto: um filme com todas as possibilidades para muito mais, para ter uma componente artística bem melhor, acabou por se ficar pelo medíocre mesmo. O argumento não foi explorado da melhor forma, e mesmo não querendo comprar Jason Reitman, o realizador, com nenhum outro realizador de documentários, posso dizer que ele poderia ter feito bem melhor. As personagens interpretadas por actores como Cameron Bright (o jovem que já brilhou ao lado de Nicole Kidman em Birth) poucas cenas teve para mostrar o seu melhor; Maria Bello!! Esta senhora esteve o tempo todo sombreada, mesmo tendo uma figura com uma personalidade fortíssima, ou pelo menos era o que se julgava, não resplandeceu. Até Adam Brody (Seth Cohen de O.C.) teve um papelzinho guardado para ele.
E Aaron Eckhart, o protagonista, que tem se vindo a revelar um actor de renome, podia ter ido muito mais longe. Não ficamos rendidos à sua prestação...
Afinal isto não era um documentário, era só uma comédia sobre a vida real. Mas apesar de tudo, até conseguiu ser uma película agradável.
..::2/5::..
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