quarta-feira, dezembro 20, 2006

The Black Dahlia

Muito tempo esperei, até tempo de ler o livro eu tive.

Toda a especulação que eu gerei em volta deste filme e posteriormente em volta do livro fora em vão.

O Livro: sem quais quer pretensões de ler o livro antes de saber da existência do filme, cepticamente o li; um livro que em situação normal não retiraria da prateleira. Policiais negros dos anos 50 não são o meu género de leitura. Mas devo confessar que a surpresa foi muita, e que o livro não desiludiu nada. Muito pelo contrário, aconselho-o a quem quiser um bom motivo para não ver TV.O escritor James Ellroy contou a história verídica sobre um assassinato desmesurado e aterrador em L.A. no pós segunda guerra mundial. A rapariga foi esventrada, cortada e deixada para os corvos completamente desfigurada num descampado. A moça era uma aspirante a estrela de cinema como muitas outras na altura que viam a cidade dos anjos como uma forma de sucesso garantido, e o livro roda em volta de dois polícias ex-pugilistas que foram encarregues de descobrir o assassino. As complicações surgem, e a trama desenvolve-se nua e crua para quem quiser ler. Está tudo ali!

O Filme: obviamente que o fiem não poderia encaixar em duas horas um livro com tanto detalhe e contornos mais ou menos relevantes para a história. Mas manteve-se fiel até pelo menos a meio! Na minha opinião quem não tivesse lido o livro fica á nora sem saber o "quem e como" do que se está a passar. O livro é complexo, não de leitura leve, e traduzir isso para um filme não foi fácil, mas quase que foi bem sucedido. Falhou a explicação de certas situações que caiem de pára quedas no filme, falhou um interpretação concisa dos actores, especialmente de Aaron Eckhart, o Sargento Leland 'Lee' Blanchard, que no livro tem uma personagem forte e inquietante e no filme deixou-se ficar para trás de Josh Hartnett, Ofcr. Dwight 'Bucky' Bleichert, o narrador e personagem principal da história. Mesmo Hartnett, apesar de ter crescido em relação outros papéis feitos anteriormente, continua a ser um miúdo com aspirações muito grandes. O filme merecia mais acção, e nenhum destes actores estão talhados para este tipo de filme. Mesmo assim, conseguiram levar até ao fim um filme que estava condenado a partir da primeira hora de exibição e sair derrotado. O resto do filme foi rápido, despachado e foi aí que perdeu para o livro. Perdeu o entusiasmo, perdeu a força. Ficou o triângulo amoroso, e as cenas de Scarlett Johansson e Hilary Swank nuas, e ainda o descaramento de Mia Kirshner, Elizabeth Short a assassinada, nas entrevistas em que tentou chegar à sétima arte e que a levou á morte. Hilary Swank mostrou que Boys Don't Cry e Million Dollar Baby não é só o que está mulher consegue fazer, e mostrou-o de uma forma muito boa em relação a qualquer outra personagem deste filme; O mesmo não se pode dizer de Scarlett que nunca nos costuma desiludir, talvez a culpa não fosse dela, mas sim do argumento. O desfecho? O desfecho foi rápido, mal chegou já tinha acabado, não se resume uma história destas a 5 minutos do fim. Não é justo para a história nem para os espectadores que mais uma vez ficam literalmente a ver navios, acabando por não perceber muito bem o que se passou devido á pressa de acabar o filme. Quase que me esquecia de referir que Brian de Palma foi o realizador desta obra menos prima em comparação com anteriores trabalhos dele como por exemplo Scarface.


..::3/5::..
..::4.5/5::.. Para o livro

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