
Será que sabemos mesmo aquilo que queremos?
Kate Winslet é Sarah Pierce, uma mulher que vive numa casa que não foi comprada para ela, com um marido que não é para ela, e vive uma vida que não é a que ela quer.
Patrick Wilson é Brad Adamson, um jovem licenciado em direito que ainda não conseguiu fazer o exame de admissão para a Ordem dos Advogados, vive com a sua esposa.
O que é que estas duas pessoas têm em comum? Vivem ambos na mesma comunidade onde criam os seus filhos. Suportam ambos o peso do insucesso das suas vidas. E a fraca realização das suas relações pessoais. O que mais têm em comum? O facto de se relacionar da forma menos saudável possível.
Jennifer Connelly é Kathy Adamson, a esposa de Brad que tenta manter de pé um casamento. Estando fora o dia todo não tem controlo na força de vontade do seu marido, apesar de partilhar com ele um sentimento leve de fracasso.
Gregg Edelman é Richard Pierce, o marido de Sarah, sem qualquer noção de relação, de casamento, de lar. Lentamente, e involuntariamente expulsa Sarah da sua vida, vivendo nas suas próprias fantasias.
O que é que estas duas pessoas têm em comum? Não têm controlo, ou preferem nem saber aquilo que se está a passar para poderem continuar a viver uma vida para a "fotografia" por assim dizer.
Jackie Earle Haley é Ronnie J. McGorvey, um homem que molesta crianças e que vive com a sua mãe nesta pequena comunidade onde as notícias correm, e o preconceito rula.
Como é que este grupo de pessoas se vai ligar? Através de um pequeno parque infantil.
Sarah passeia todos os dias a sua filha até ao parque onde se encontra com a outras mãe que vivem no mundo encantado dos subúrbios, Brad começa a frequentar mais o parque com o seu pequeno offspring. Dado dia em que se fazem apostas e Sarah beija Brad.


Saiem ambos de casa com uma vontade, estarem juntos, ficarem juntos. Mas será que é isso que realmente querem? Será esse o fim, ou um novo início?

Winslet protagoniza de uma forma surpreendente. Tão bem que está nomeada para um Oscar. Patrick Wilson depois de Hard Candy vê-se num papel em que mais uma vez a moral é questionada mas não hesita. Jennifer Connelly não recebeu um papel à sua altura, mas foi na mesma uma peça crucial ao desenvolvimento desta trama complicada e moralmente questionável. Somos levados a ter "pena", a por em causa princípios que nos são incutidos desde que compreendemos as coisas.
Um filme obrigatório, questionem-se sobre o certo e o errado de uma forma diferente.
..::4.5/5::..
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