segunda-feira, setembro 11, 2006

United 93

Ao contrário daquilo que eu pensava, United 93 não se trata só do terror vivido pelos passageiros do voô da United Airlines. Vai além disso. Este filme descreve com uma exactidão quase assustadora a manhã de 11 de Setembro de 2001. O que foi feito pela FAA e pelos militares para controlarem uma situação que á partida já não tinha solução. Toda a gente sabe como acaba a história, escusado será dizer que os passageiros do United 93 não conseguir controlar o avião depois deste ter sido sequestrado por quatro homens de origem árabe. Mas torna-se impressionante a passividade com que situação a nível da FAA foi controlada até verem as torres do WTC serem atravessadas por dois aviões. Só aí é que medidas foram tomadas, e quando digo medidas refiro-me a terem mandado aterrar todos os aviões que se encontravam no espaço aéreo Norte Americano.
Os actores, nenhum dos quais "conhecidos" quase que não passaram de meros figurantes num história que se revelava a si mesma. Sem necessidade de nomes, caras, ou interpretações brilhantes. Escusado será dizer que num filme com espirito de documentário só lhe faltava mesmo o narrador. Aí sim, seria um filme brilhante.

O filme apesar de tudo o resto foca-se quase inteiramente no United 93, é lá que as situações de terror são vividas, no ambiente apertado e monótono de um avião comercial.
O realizador Paul Greengrass não precisou de se esforçar muito, como eu já disse o filme contou-se a si próprio. Vimos as torres do WTC serem cruzadas por dois outros voôs que desapareceram dos radares, mas que a partir da torre de controlo do aeroporto de Newark se tornaram bem visiveis até ao ponto de embate. Os noticiários da CNN mostraram também o ataque ao Pentágono, isto tudo enquanto que os passageiros do United 93 se preparavam para tomar de assalto de novo o avião. Tarde demais para uns e outros, não o conseguiram.

Depois vêm os "boatos" as conspirações, pois segundo certas fontes, no local onde supostamnte o avião se despenhou não havia um único corpo ou restos de. Por isso sempre podemos pensar que isto foi tudo uma conspiração do estado norte americano para manter o povo contido. Podemos pensar que nunca existiu o sequestro a este avião. Mas se assim foi, o que é que realmente aconteceu? Houve ou não um avião? E seriam todos parte desta conspiração para incitar a guerra no médio oriente ou só este? Chegamos áquele ponto em que cada um se fica por aquilo que lhe parece. O que não faltam são documentários com informações que tornam este cenário plausível. Mas na minha opinião não deixa de ser assustadora uma ou outra situação.

..::2/5::..

2 comentários:

Marco Aurélio disse...

Acho que os Ianques deviam se lembrar também dos mortos do Vietnã, Iraque, da Nicarágua, e de outras matanças que eles promoveram. Sem falar nos regimes ditatoriais que se instalaram na América Latina com o apóio do Tio Sam. O número de vítimas foi bem mais elevado do que a dos atentados as torres gêmeas. De qualquer jeito sempre os inocentes é que morrem, como no caso do WTC.

Um abraço

Marco Aurélio

Silvia disse...

Em todo o caso não deixa de ser brutal. Passa um pouco pelo facto de ter sido uma coisa vista em directo! Julgo que nenhum atentado teve essa "oportunidade". Logo o terror foi muito maior. Eu lembro-me de estar ao telefone com uma amiga quando começou o directo minutos depois do embate na primeira torre. Depois vi o embate na segunda e lembro-m de correr para casa da minha Vó para ver se ela também estava a ver TV. É uma data que vai marcar sempre. E eu não sou nenhuma defensora dos EUA, muito pelo contrário.