terça-feira, fevereiro 06, 2007

Little Miss Sunshine


Omitindo o título português (Uma família á beira de um ataque de nervos) que apesar de estar até minimamente relacionado com o filme nada tem a ver com o título original que lhe foi atribuído de uma forma propositada, o filme é um doce.

Não fazia ideia o que me esperava ao ver este filme. Um indie que vai competir ao lado de "federados" nos Oscars. Muito condensado: quem é que no seu perfeito juízo consegue viver com esta família? Ou então quem é que até não se importava mesmo nada de viver com eles?

Cindy e Richard (Jill Talley e Greg Kinnear) são pais e chefes de família numa casa onde tudo funciona de uma forma disfuncional se é que me faço entender. Mas com um objectivo: entrar sempre na corrida para vencer (lema de vida de Richard, escritor de livros de auto ajuda). Olive (Abigail Breslin) é a filha e o elemento mais novo e estável desta família, cujo único desejo é vencer um concurso de beleza chamado Little Miss Sunshine, e para isso vai patentear os seus treinadíssimos passos de dança, coreografados pelo seu Avô consumidor (se é que me faço entender também). Falta falar no irmão de Olive – Dwayne –, também ele tem um objectivo na vida e só voltará a emitir um som quando o conseguir. Para juntar a esta família temos o suicida, homem mais inteligente dos EUA e gay, o Tio Frank representado pelo grande Steve Carell (a única peça funcional do filme 40 year old virgin) que no fundo é a única pessoa sã no lote todo.

Ninguém menciona isto, mas eu acho importante falar do carro, a velha carrinha VW que é também ela uma personagem nesta trama toda. A única coisa que esta família tem que fazer é fazer Olive chegar a tempo e horas para poder vencer o concurso.

Jonathan Dayton e Valerie Faris (par que praticamente só podemos associar a videoclips musicais) realizam um argumento escrito por Michael Arndt.

Um breve sorriso, um esgar de pena, uma gargalhada neste filme que é drama e comédia ao mesmo tempo (são sempre os melhores não é assim?). Podemos apreciar o filme no seu todo porque não temos nem podemos fazer comparações. Não há mais nenhum do género. Somos quase que coagidos ou a gostar ou então a abominar, mas a apatia é que não faz parte da ementa. Um elenco tão peculiar como a família que caracterizam faz com que tudo funcione, ah e não esquecer a carrinha!

Apesar de todos os prémios que já foram atribuídos a este filme, não sei se terá força suficiente para realmente vencer nos Oscars. Mas não esqueçamos que o filme que no ano passado venceu os SAG também venceu os Oscars, ou já não se lembram do Crash?

..::3.5/5::..

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